António Areal

SOBRE:

António Areal – artista autodidata, foi particularmente influenciado pela literatura e filosofia no desenvolvimento
da sua formação. Inicia o seu percurso expositivo em 1954 e, em 1956, realiza a sua primeira exposição
individual. No ano seguinte é galardoado com o Prémio de Desenho na I Exposição de Artes Plásticas
da Fundação Calouste Gulbenkian, destacando-se nos trabalhos desta época as séries de desenhos
de matriz visionista e influência surrealista.

 

Em 1960 recebe uma bolsa de estudo, partindo no ano
seguinte para São Paulo, onde permanece até 1962. Neste período desenvolve uma pintura gestual
de carácter informalista.A partir de 1964 o seu campo de produção adquire uma dimensão mais
conceptual, materializada na execução de peças que cruzam a pintura neofigurativa com a produção
de construções tridimensionais às quais são associadas frases.

 

A sua carreira conhece então um
grande impulso: recebe o Prémio de Pintura da Casa da Imprensa (1965) e o Prémio de Desenho
no 3º Salão Nacional de Arte Moderna (1968) e é seleccionado para representar Portugal na
IX Bienal de São Paulo (1968). No início da década de 1970 os seus trabalhos complexificam-se
formal e narrativamente, acompanhando o desenvolvimento da sua reflexão sobre o estatuto da
arte, do artista e da crítica, problemáticas que aborda plasticamente (é o caso da séria de pinturas
“O Coleccionador de Belas-Artes”) e através dos seus Textos de crítica e de combate na vanguarda das artes visuais (1970).

Escrito por, Joana Baião – MNAC

× Em que podemos ajudar?