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Álvaro Lapa

13 Maio, 2022
Álvaro Lapa, Moradas da mãe terra_VIII, sem data, 73x54 cm, acrílico sobre tela BD

Álvaro Lapa – Moradas da mãe terra – VII

Artista: Álvaro Lapa Título: Moradas da mãe terra - VII Dimensões: 73x54 cm Data: sem data Técnica: acrílico sobre tela - Obra disponível na Galeria Sete, preço sob consulta. […]
26 Novembro, 2015
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Álvaro Lapa – Sem título

Artista: Álvaro Lapa Título: sem título Dimensões: 65x81 cm Data: 1972 Técnica: acrílico sobre tela - Obra disponível na Galeria Sete, preço sob consulta. Contacte para galeriasete@gmail.com […]
26 Novembro, 2015
Álvaro_Lapa

Álvaro Lapa – Sem título

Artista: Álvaro Lapa Título: Sem título Dimensões: 60x70 cm Data: sem data Técnica: Acrílico sobre tela - Obra disponível na Galeria Sete, preço sob consulta. Contacte […]

SOBRE:

Nasceu em Évora em 1939.
Estudou filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e assumiu desde sempre, no campo das artes plásticas, uma atitude isolada e autodidacta.
Tem vários livros escritos: Raso como o chão, Porque morreu Eanes e Barulheira.
Está representado em colecções do Estado, Museu Nacional Soares dos Reis e Fundação Calouste Gulbenkian.

 

Desde a primeira exposição individual na Galeria 111 em Lisboa, em 1964, a obra de Lapa tem vindo a realizar uma espécie de gestão enigmática das formas, a partir de um oblíquo sistemas de signos, recusando qualquer equilíbrio ou habilidade estética. Este sistema funciona sobretudo como um personalizado e polémico código de escrita, obrigando-nos a ponderar o fascínio das formas dissemelhantes e contíguas, onde o informe, à maneira de Artaud e Bataille, alude a eventuais filiações na pintura abstracto-expressionista tanto europeia como norte-americana – sobretudo Robert Motherwell – e no surrealismo europeu, nomeadamente na tensão narrativa que a desconstrução formal deixa em aberto.

A autonomia dos valores plásticos desta pintura é contrabalançada com a marca indelével da referência autobiográfica a leituras e influências literárias que conduziram, por exemplo, à notável série dos "cadernos", reportados a um conjunto de escritores que constituem, por assim dizer, a biblioteca subversiva de Álvaro Lapa: Rimbaud, Kafka, Henry Miller, James Joyce, William Burroughs, Sade, Michaux, entre outros. Aliás, a técnica do "cut-up" cara aos escritores da "Beat Generation" terá nesta pintura uma influência fecunda no modo como fragmenta ou inviabiliza qualquer possibilidade de leitura semiótica definitiva ou mesmo estabilizada.

A recusa das evidências e das convenções de legibilidade não é um exercício teórico de análise conceptual, mas antes a demanda de uma espécie de autenticidade interior que pudesse formar um idioma próprio, marcado pelo ritmo íntimo.

Neste sentido, a pintura de Álvaro Lapa pode ser situada, exteriormente, no quadro histórico de uma avaliação subversiva da tradição da pintura, cúmplice das escritas clandestinas, ou intimamente, como diário de um universo preso à verdadeira idiossincrasia de um universo pessoal.

Álvaro Lapa faleceu em Fevereiro de 2006. Deixou a obra de um homem livre e criativo, filósofo de formação e artista autodidacta, que dedicou a sua vida à Pintura e à Arte, duas actividades indissociáveis e complementares na sua obra.

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