SOBRE:
Jorge Pinheiro nasceu em Coimbra a 7 de Outubro de 1931.
Depois de frequentar um curso comercial ingressou na Escola de Belas Artes do Porto, onde cursou Pintura, entre 1955 e 1963, terminando a licenciatura com a classificação de 20 valores, tal como os pintores Ângelo de Sousa e Armando Alves e o escultor José Rodrigues, com os quais veio a fundar em 1968 o Grupo dos Quatro Vintes.
Participa em exposições coletivas desde 1954 e expôs individualmente a partir de 1958. Na sua estreia a solo, apresentou desenhos, aguarelas e guaches no Centro Transmontano do Porto.
Foi um dos primeiros dez fundadores da Árvore – Cooperativa de Atividades Artísticas, no Porto, e grande amigo do poeta Eugénio de Andrade.
Lecionou na ESBAP de 1963 a 1976, nesse ano passou a ensinar nas Belas Artes de Lisboa. Dos anos passados na Universidade do Porto ficaram os encontros com os colegas, após o almoço, no Café S. Lázaro.
Desenho de Jorge Pinheiro a Tinta da China (1987) / Chinese Ink Drawing by Jorge Pinheiro (1987)Em 1966, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou uma viagem de estudo pela Europa (Holanda, Bélgica, Suíça, França, Itália e Espanha). Entre 1969-1970, de novo bolseiro dessa mesma instituição, fez estudos de Semiótica da Pintura em Paris.
Entre os anos 60 e 80, a sua arte demarcou-se da formação escolar e evoluiu para a pesquisa abstrata geométrica, apesar de a ter abandonado nas séries Reis (1973-1974) e na Mapas (1976). Em 1977 regressou à figuração pictórica no Desenho e, em 1980, na Pintura, mantendo, no entanto, o interesse pela geometria.
Capa da publicação: Jorge Pinheiro Anos 60 Anos 90 / Cover of publication: orge Pinheiro Anos 60 Anos 90A sua singular pintura, caracterizada pelas referências neoclássicas e barrocas, por uma “fria” expressividade e pela produção de desenho figurativo, tantas vezes premiada, tem sido exposta no país e no estrangeiro, nomeadamente no Porto (Mini-Galeria, Módulo, Galeria do Jornal de Notícias, Cooperativa Árvore, Nasoni, Degrau Arte, antiga Galeria da Cadeia da Relação), em Lisboa (Quadrum, Gulbenkian, Centro Cultural de Belém, Palmira Suso, etc.), em Braga (Casa-Museu Nogueira da Silva), em Almada (Centro de Arte Contemporânea), em Faro (Museu Municipal de Arte), na Figueira da Foz (Museu Municipal), em Guimarães (Galeria Gomes Alves) e em Milão (Galeria Morone).
Capa da publicação de Jorge Pinheiro, 2004 / Cover of the publication by Jorge Pinheiro, 2004Em 2008, Jorge Pinheiro juntou-se a Armando Alves, José Rodrigues, Ângelo de Sousa e a Jaime Isidoro pelo TEP (Teatro Experimental do Porto), na exposição “4 + 1 Artistas no Teatro Experimental do Porto”, patente na Casa-Museu Teixeira Lopes e nas Galerias Diogo de Macedo, durante as comemorações do 40º aniversário da formação do grupo “Os Quatro Vintes”. Curiosamente, este grupo expôs pela primeira vez na Galeria Dominguez Alvarez, de Jaime Isidoro.
O Museu de Arte Contemporânea de Serralves dedicou-lhe a exposição D’aprés Fibonacci e as coisas lá fora, baseada numa ideia de Pedro Cabrita Reis e com desenho de instalação de Eduardo Souto de Moura, patente ao público entre 15 de setembro de 2017 e 7 de janeiro de 2018.
Em maio de 2017 foi homenageado numa conferência na Cooperativa Árvore.
Colabora com arquitetos e paisagistas e faz ilustrações para obras literárias de autores como Mário Cláudio, Luísa Dacosta, Adília Alarcão, Manuel Ferreira Genet e Ilse Losa.
Vive e trabalha em São Pedro do Estoril.